Governo Federal reitera a
política de valorização do salário mínimo como estratégia central para a
redução da desigualdade, garantindo crescimento com inclusão social
Governo Federal confirmou
nesta quarta-feira, 27 de dezembro, o valor de R$ 1.412 para o novo
salário-mínimo em 2024. O valor — que representa uma alta de 6,97% em
comparação aos R$ 1.320 em vigor neste ano — entra em vigor em 1º de janeiro e
será pago a trabalhadores, aposentados, pensionistas e pessoas que recebem
benefícios de auxílio-doença ou de prestação continuada (BPC).
O Decreto 11.864/23 foi publicado em edição extra
do Diário Oficial da União.
O reajuste, antecipado na semana passada pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, só foi possível devido às diretrizes do Grupo de Trabalho de Valorização do Salário Mínimo, criado em fevereiro pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (Decreto 11.420/23). O cálculo feito pelo GT considera a variação da inflação do ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.
Com efeito, o novo valor
inclui a inflação em 12 meses (até novembro) de 3,85% e mais três pontos
percentuais (ganho real) relativos à expansão do PIB em 2022. A política de
valorização do salário mínimo é um compromisso assumido ainda no início do ano.
O próprio salário mínimo de R$ 1.320 foi definido a partir de maio e anunciado
em pronunciamento do presidente à nação. No início de 2023, o salário mínimo
era de R$ 1.302.
No mesmo mês, o governo
brasileiro enviou ao Congresso proposta de política de valorização do salário
mínimo. O texto previa a retomada da fórmula que leva em conta o crescimento
econômico do país e a recomposição de perdas inflacionárias. "É preciso
lembrar que a valorização do salário mínimo não é essencial apenas para quem
ganha salário mínimo. Com mais dinheiro em circulação, as vendas do comércio
aumentam, a indústria produz mais. A roda da economia volta a girar e novos
empregos são criados", lembrou Lula, em seu pronunciamento à nação.
De acordo com a
Constituição, o salário mínimo precisa ser reajustado (no mínimo) pela
inflação, para garantir o poder de compra da população. Nos governos passados,
o reajuste do salário mínimo seguiu exatamente essa regra. Foi reajustado
apenas pela inflação, sem ganho real.
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