Rio Branco, AC – Uma denúncia grave de possível negligência médica chocou a população de Rio Branco neste sábado (25). Uma família do interior do Amazonas viveu momentos de terror após o filho recém-nascido, um bebê prematuro de apenas 5 meses de gestação, ter sido dado como morto e quase ser sepultado vivo na capital acreana.

A história angustiante começou na última quinta-feira (23), quando Sabrina Souza, moradora do município de Pauiní, interior do Amazonas, começou a sentir dores de parto. Diante da falta de recursos médicos adequados na sua cidade, ela e seu marido, decidiram se deslocar para Rio Branco em busca de atendimento na Maternidade Bárbara Heliodora, referência no Acre.

Em depoimento, o pai da criança, relatou que sua esposa foi atendida por uma equipe médica após a ruptura da bolsa e perda de líquidos. Segundo ele, os profissionais de saúde informaram que a mulher havia entrado em trabalho de parto, mas sugeriram que ela aguardasse para tentar um parto normal ou tomasse medicamentos para induzir o nascimento.

O que se seguiu à internação, segundo informações apuradas, foi que, após o parto, o recém-nascido, que veio ao mundo com apenas cinco meses de gestação e, portanto, em condição de extrema vulnerabilidade, foi declarado morto pela equipe médica da unidade.

Os pais da criança ficaram desolados com a notícia e iniciaram os preparativos para o funeral. Entretanto, o desespero se transformou em espanto e revolta quando, durante os procedimentos para o enterro, a família descobriu que o bebê ainda apresentava sinais vitais, se movendo e respirando.

A criança, que havia sido dada como morta, foi prontamente resgatada e encaminhada de volta aos cuidados médicos, agora lutando pela vida em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal.

"Quase enterramos meu filho vivo. Onde estava a atenção dos médicos? Isso é uma negligência inaceitável", desabafou o pai da criança, em meio à emoção.

O caso levanta sérios questionamentos sobre os protocolos de atendimento e a avaliação de óbito neonatal na Maternidade Bárbara Heliodora. Familiares registraram um Boletim de Ocorrência, e o episódio deve ser investigado pelas autoridades competentes para apurar as responsabilidades.

O estado de saúde do bebê prematuro não foi divulgado, mas a família segue em oração e na expectativa por um milagre.


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