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Foto: Recanto dos buritis ano 2023 |
"A interferência
humana sobre os cursos d'água, provocando enchentes e inundações, ocorre das
mais diversas formas. Em casos extremos, porém menos comuns, tais situações
podem estar relacionadas com rompimentos de diques e barragens, o que pode
causar sérios danos à sociedade. Mas, quase sempre, essa questão está ligada ao
mau uso do espaço urbano.
Um problema que parece não ter uma solução rápida é o elevado índice de poluição, causado tanto pela ausência de consciência por parte da população quanto por sistemas ineficientes de coleta de lixo ou de distribuição de lixeiras pela cidade. Além do mais, há problemas causados pela poluição gerada por empresas e outros órgãos. Com isso, ocorre o entupimento dos bueiros, que seriam responsáveis por conter parte da água que eleva o nível dos rios. Além disso, o lixo gerado é levado pelas enxurradas e contribui ainda mais para elevar o volume das águas.
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Rua da judia, bairro Recanto dos Buritis em Rio Branco no Acre, enxurrada no ano de 2023 |
"Outra questão é a
ocupação irregular ou desordenada do espaço geográfico. Como explicamos,
algumas áreas correspondem ao leito maior de um rio que, esporadicamente,
inunda. Com a ocupação irregular dessas áreas – muitas vezes causada pela
ausência de planejamento adequado –, as pessoas estão sujeitas à ocorrência de
inundações. Além disso, a remoção da vegetação que compõe o entorno do rio pode
intensificar o processo, pois ela teria a função de reter parte dos sedimentos
que vão para o leito e aumentam o nível das águas.
Apesar de todos os
problemas acima mencionados, a causa considerada principal para as enchentes é,
sem dúvida, a impermeabilização do solo. Com a pavimentação das ruas e a
cimentação de quintais e calçadas, a maior parte da água, que deveria infiltrar
no solo, escorre na superfície, provocando o aumento das enxurradas e a
elevação dos rios. Além disso, a impermeabilização contribui para a elevação da
velocidade desse escoamento, provocando erosões e causando outros tipos de
desastres ambientais urbanos"
"Existem inúmeras
medidas de combate às enchentes. A cidade de Belo Horizonte, por exemplo,
contratou, em outubro de 2013, alguns “olheiros”, que são funcionários
encarregados de detectar o início de inundações em áreas de risco. Eles teriam
a função de minimizar os efeitos da “inundação relâmpago”, aquela que ocorre em
um curtíssimo período de tempo. Outras ações envolvem a construção de barragens
e o desassoreamento do leito dos rios, em que todos os sedimentos existentes no
fundo dos cursos d'água são removidos, aumentando a sua profundidade.
Mas todas essas medidas
são paliativas, ou seja, são apenas para minimizar ou combater uma situação já
existente. A melhor forma de lidar com esse problema, na verdade, é realizar
uma devida prevenção, que pode ocorrer por meio de medidas como estas:
Construção de sistemas
eficientes de drenagem;
Desocupação de áreas de
risco;
Criação de reservas
florestais nas margens dos rios;
Diminuição dos índices de
poluição e geração de lixo;
Planejamento urbano mais
consistente.
O problema das enchentes é crônico em muitas cidades brasileiras, com destaque para o Rio de Janeiro. A capital carioca costuma sempre aparecer nos noticiários com ocorrências desse tipo em períodos de chuva, além de outras cidades que também padecem da mesma situação. As inundações, além de danos materiais, podem provocar doenças, como a leptospirose. Portanto, trata-se também de uma questão de saúde pública"
Vejam vídeos de enxurradas ocorridos pelas chuvas em Rio
Branco no Acre:
Vídeo gravado em 22/02/2025 bairro, João Paulo ll, na rua Sebastião Amâncio
Rua da judia, bairro Recanto dos Buritis, enxurrada no ano de 2023
Escrito por: Rodolfo F. Alves Pena
Escritor oficial Brasil Escola
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