Na sexta-feira, 3 de
janeiro, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), publicou um diário
oficial extra com as nomeações para o primeiro escalão de seu governo. Entre as
nomeações, destacam-se Flaviane Agustini Stedille, que foi nomeada secretária
de Meio Ambiente, e Charlene Lima, que assumiu o cargo de secretária-adjunta.
Flaviane Agustini
Stedille, de 27 anos, ficou conhecida no passado por sua ligação com o caso do
“orçamento secreto”. Em 2020, o site Metrópoles publicou uma denúncia
envolvendo Flaviane, que, como cidadã comum e voluntária na ONG Associação de
Apoio Renovatio, solicitou R$ 4 milhões para a entidade ( veja a matéria aqui
no link abaixo)
A ONG, com sede em São Paulo, é voltada à doação de
óculos e foi escolhida por Flaviane para receber o dinheiro. A solicitação foi
feita por meio de uma ferramenta que permitia o anonimato da origem da
indicação, sendo associada ao senador Márcio Bittar, seu sogro. Embora o
episódio tenha gerado questionamentos sobre a transparência no uso dos recursos,
ele não resultou em qualquer condenação.
Charlene Lima, por sua vez, teve seu nome relacionado
a investigações da Polícia Federal, que resultaram na prisão de sete pessoas em
Rio Branco, Sena Madureira e Xapuri. Charlene, proprietária da empresa VT Produções,
foi presa e ficou na s grades 40 dias sob acusação de chefiar um esquema de
desvio de recursos públicos. A VT Produções manteve contratos com a Assembleia
Legislativa do Acre que chegaram a R$ 17 milhões. Além de Charlene,
funcionários da empresa também foram presos. A Polícia Federal não divulgou o
valor exato do prejuízo aos cofres públicos, mas a operação revelou um esquema
milionário de desvio de recursos. Embora a investigação não tenha envolvido
deputados estaduais, o caso gerou especulações sobre possíveis desdobramentos.
Operação
Hefesto
A operação Hefesto foi fruto de meses de investigação,
que teve início quando membros do esquema criminoso, que agiam fraudando
licitações de publicidade da casa legislativa no estado do Acre, buscaram
aliciar servidores públicos para que impedissem a atuação dos órgãos
fiscalizadores.
Dentre os investigados na época estavam a publicitária
Charlene Lima, que foi presa na Operação Hefesto, que investigou fraude em
contratos da Assembleia Legislativa do Acre e de tentativa de suborno.
Na época dos fatos, os investigados responderam pelas
práticas de peculato, corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa,
fraude à licitação e falsidade ideológica.
A empresa CL Publicidade, contratada para prestação de
serviços de publicidade para a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e
investigada por fraudes em licitações, cobrava mais de R$ 100 mil por duas
horas de filmagem.
Hefesto, na mitologia grega, é tido como Deus do Trabalho, responsável por construir boa parte dos equipamentos dos Deuses do Olimpo. O batismo da presente operação policial é uma referência direta ao local onde surgiu a informação que desencadeou a apuração dos atos ilícitos investigados.
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