A Polícia Civil do Amazonas
(PC-AM) prendeu um homem, que não teve a identidade revelada, nesta
quinta-feira (9), por abusar sexualmente da enteada de 11 anos. O crime iniciou
quando a vítima tinha 7 anos, e se estendeu até os 11. A menina contou em
depoimento que começou a aprender jiu-jítsu para se defender dos abusos do
padrasto.
Criança de 11 anos falou
sobre os abusos para o professor de jiu-jítsu, que denunciou o caso ao Conselho
Tutelar
Conforme a titular da
Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca),
delegada Joyce Coelho, a aluna falou sobre os abusos para o professor de
jiu-jítsu, que denunciou o caso ao Conselho Tutelar.
“A vítima encontrou no
professor uma forma de pedir ajuda, após sofrer abuso sexual durante vários
anos, pois já havia contado o fato inúmeras vezes para sua mãe, que negou
ajudá-la”, disse a delegada.
Conforme a autoridade
policial, os abusos aconteciam quando a mãe dela estava no trabalho, ocasião em
que o autor ficava a sós com a vítima. Ainda aos 7 anos, o indivíduo iniciou os
abusos sexuais, e aos 10 anos, passou a agredi-la fisicamente como forma de
facilitar esses abusos.
“Eu comecei a fazer
atividades pra ficar mais tempo longe de casa. Queria aprender a lutar e fui
fazer jiu-jítsu. No último abuso, eu
ainda tentei dar um mata-leão nele, mas não consegui”, disse a menina em
depoimento à delegada.
Ainda segundo a titular
da Depca, pelo fato de se sentir desamparada, a menina pediu para praticar
jiu-jítsu, futebol, e até estudar à tarde, período em que geralmente ficava
sozinha em casa, tudo para passar mais tempo longe do local e, assim, evitar os
abusos.
“O autor agia com muita
agressividade, utilizava da violência física para cometer os abusos no dia a
dia como também para ‘corrigir’ as atitudes da criança, além de sempre
descredibilizar a palavra dela, dizendo que ela não era confiável”, relatou
Joyce.
O padrasto foi preso e
conduzido à Depca, para os procedimentos cabíveis. Ele deve ser indiciado por
estupro de vulnerável.