A Câmara Municipal de Rio
Branco realizou na sexta-feira, 10, audiência pública para debater sobre a
prática de soltar pipas em espaço público, bem como o uso do cerol, linha
chilena ou itens de natureza cortante na capital acreana. O requerimento é de
autoria do vereador Francisco Piaba (UNIÃO BRASIL)
A audiência contou com a
presença de Fernando Roca, pai do Fernandinho; Rodrigo Curti, promotor titular
da promotoria de justiça especializada de tutela do direito difuso à segurança
pública; Eriberto Gomes da Silva, presidente do sindicato dos mototaxistas –
sindimoto; Tuxaua Marques de Oliveira, presidente dos ciclistas; Drª. Elen
Nogueira, assessora jurídica da secretária municipal de meio ambiente – semeia
(representando o secretário municipal de meio ambiente Carlos Alberto Alves
Nasserala); Aldecino Fernandes da Silva, presidente da associação dos pipeiros
do acre; Vanderleia Brito – sogra do Fernandinho; e Erivaldo – amigo do
Fernandinho.
Fernando Roca, pai de
Fernandinho, vítima da impudência do uso da linha de cerol que morreu em
outubro deste ano, fez uso da tribuna pedindo por justiça e fiscalização nas
Leis.
“A minha luta agora é
essa e pedimos que a justiça seja feita, que o culpado seja identificado e
processado pela justiça, o material é proibido por Lei municipal, não muito
fiscalizada, mas se tem uma Lei, linha chilena é contrabando, é perigoso,
cortante e a pessoa que usou estava ciente dos riscos. Nada contra quem pratica
a atividade, mas que se faça isso em lugares adequado e peço por fiscalização
da Lei Municipal e Estadual”.
De acordo com a Lei
Municipal de Nº 2.359/2020, que proíbe a venda de cerol e da linha chilena,
utilizados para soltar pipas, sob o pagamento de multa de R$ 2 mil e apreensão
do material.
A Lei Estadual 4.180, foi
sancionada e recebeu o nome de Fernandinho.
O promotor titular da
promotoria de justiça especializada de tutela do direito difuso à segurança
pública, Rodrigo Curti declara que a morte de Fernandinho, não foi uma fatalidade
e sim um ato criminoso.
“Digo para os familiares e para toda a sociedade que o Ministério público está atento e cobrando providências com relação à morte do Fernando, para o ministério público não foi uma fatalidade, foi um ato criminoso e precisa ser apurado e responsabilizado o autor desse fato. É fato que a soltura de pipa, é um ato cultural aqui da nossa região, e a ideia não é criminalizar o ato da soltura de pipa, mas é responsabilizar aqueles que de forma irresponsável e criminosa utilizam de material cortante para a soltura de pipas.”
O Promotor também compara
o uso da linha chilena e do cerol, com o ato de dirigir alcoolizado: “eu me
lembro de uns dez anos atrás, quando era totalmente aceitável na nossa
sociedade a pessoa ir num restaurantes e tomar umas duas cervejas e sair
dirigindo e era culturalmente aceitável mesmo sabendo dos riscos que aquela
conduta poderia causar para terceiros inocentes, mas uma mudança da sociedade e
na aquisição de novos conhecimentos desse ato sobre dirigir com os efeitos de
álcool, além de crime de forma potencial você está colocando a vida de outras
pessoas em risco, é o que acontece com o uso do cerol e da linha chilena”.
O vereador Cap.N.Lima
ressalta ação da CMRB em cobrar fiscalização. “É importante se ter a reflexão
de tentar junto aos órgãos competentes estabelecer normas e critérios para que
a gente possa contar é continuar com nosso espaço dos pipeiros. Temos duas
Leis, uma que proíbe e outra com penalidades, o Estado tem o poder de
fiscalização com os órgãos fiscalizadores, assim como a prefeitura. A câmara
não tem o poder, mas podemos cobrar e promover campanhas, em conjunto”.
O autor do requerimento
Francisco Piaba destaca a importância da fiscalização e cumprimento das Leis
Municipal e Estadual. “É uma perca muito grande para nosso estado e município,
um jovem promissor. Escutei a fala de todos e o pior é que já existe uma Lei,
mas infelizmente, falta se fiscalizada, tantos acidentes que acontecem, é
importante se ter responsabilidade, estamos com uma indicação na prefeitura
municipal para que as pessoas possam praticar essa atividade sem prejudicar a
população. (Por Emely Azevedo e Fernanda Maia, estagiárias de Jornalismo na
CMRB)
Não mostraram a parte que o rapaz da pipa se pronúncia por que?
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