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Fuga no presídio Francisco de Oliveira Conde expõe fragilidade no sistema de segurança acreano

 

O presídio Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco, registrou mais uma fuga de detentos na última segunda-feira, dia 4 de novembro. Seis presos escaparam na madrugada do pavilhão B e, mesmo após quatro dias, nenhum dos fugitivos foi recapturado.

A fuga, ocorrida num complexo que não é de segurança máxima, levanta novamente questões sobre as falhas do sistema penitenciário local.

Fontes internas do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN), que preferiram não se identificar, apontam falhas estruturais no esquema de segurança do presídio. De acordo com essas fontes, a guarita de fiscalização GFOC 2 — responsável por supervisionar os pavilhões de A a E, cobrindo uma população de aproximadamente 1.400 detentos — está desativada há meses, possivelmente anos. Essa guarita teria papel essencial na vigilância da área por onde ocorreu a fuga.

A situação é agravada pelo funcionamento parcial da guarita GFOC 4, que só opera entre 23h e 6h. Durante o dia, essa posição estratégica também permanece desativada, criando um período vulnerável na segurança do presídio. Esse cenário de deficiências operacionais sugere que os mecanismos de segurança no Francisco de Oliveira Conde são limitados, oferecendo brechas que facilitam ações de fuga e geram preocupação constante entre a população.

Este caso é o mais recente de uma série de episódios que têm abalado o sistema penitenciário de Rio Branco. Em agosto, seis detentos conseguiram fugir do pavilhão A, depois de quebrar a parede que dava acesso à área do banho de sol e escalar o muro. No ano passado, em novembro de 2023, oito presos escaparam do pavilhão P após cavarem um buraco na parede da cela 13. As fugas reiteradas revelam um padrão de falhas, tanto na estrutura física quanto no controle do sistema prisional.

Além das fugas, o sistema penitenciário do Acre foi palco de um episódio violento em julho de 2023, quando uma rebelião no presídio Antônio Amaro Alves, de segurança máxima, resultou na morte de cinco detentos. A frequência de incidentes graves coloca o sistema prisional sob vigilância pública e levanta questionamentos sobre as condições de segurança nos presídios acreanos.

Desde a última fuga, o IAPEN tem mantido silêncio, limitando-se a notas à imprensa. O presidente do instituto, delegado Marcos Frank, ainda não concedeu entrevistas presenciais para esclarecer as falhas apontadas, frustrando jornalistas e a população em busca de respostas.

A recorrência de fugas e eventos de violência dentro dos presídios reforça a necessidade de ações urgentes no sistema penitenciário do Acre.


Com informações TV Gazeta


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