Nos últimos meses, a
pré-candidata Jéssica Sales tem surpreendido a população de Cruzeiro do Sul com
um comportamento notavelmente diferente do que exibiu durante sua carreira
política até agora. Conhecida por sua postura distante do eleitorado
evangélico, Jéssica agora é frequentemente vista se ajoelhando, levantando as
mãos para o céu e gritando o nome de Deus em suas aparições públicas.
Essa mudança drástica de
comportamento não passou despercebida. Para muitos, é estranho ver Jéssica, que
sempre manteve uma distância clara das práticas e pautas evangélicas, adotar
agora uma postura tão religiosa. Segundo informações de fontes próximas à campanha,
essa transformação faz parte de uma estratégia cuidadosamente planejada por
seus marqueteiros e orientadores políticos. O objetivo é conquistar o voto do
eleitorado evangélico e conservador, que representa uma parcela significativa
da população de Cruzeiro do Sul.
Jéssica Sales, que é uma
mulher homossexual assumida, casada com a arquiteta Carol e defensora das
pautas LGBTQIAPN+, enfrenta um desafio particular em conquistar a simpatia
desse eleitorado mais conservador. As estratégias de seus marqueteiros refletem
uma tentativa de minimizar a rejeição que suas posições pessoais e políticas
possam causar entre os eleitores evangélicos. Em reuniões recentes, como uma
realizada na vila Santa Luzia, a pré-candidata chegou a se ajoelhar no chão e
levantar as mãos para o alto durante seu discurso, uma cena que foi registrada
e compartilhada nas redes sociais. Em vídeos, Jéssica pode ser vista levantando
as mãos para o céu e gritando o nome de Deus repetidamente.
Apesar do esforço, essa
estratégia pode ser um tiro pela culatra. Os eleitores de Cruzeiro do Sul, que
têm acompanhado a carreira de Jéssica ao longo dos seus oito anos como
parlamentar federal, estão cientes de que essa postura religiosa é uma novidade
repentina. Durante seu mandato, Jéssica sempre se manteve longe da bancada
evangélica e nunca se envolveu em projetos ou pautas defendidas pelos cristãos.
Nunca foi vista frequentando igrejas ou promovendo iniciativas em prol da
comunidade evangélica.
Essa mudança repentina
pode levantar suspeitas sobre a autenticidade de suas novas atitudes entre os
eleitores evangélicos. Para muitos, a utilização do nome de Deus de forma
oportunista é vista como uma tentativa desonesta de manipulação política. O
eleitorado evangélico, em particular, tende a valorizar a sinceridade e a
coerência nas atitudes e discursos dos candidatos. O uso do nome de Deus para
fins políticos pode ser considerado uma afronta ao que consideram sagrado,
gerando uma reação adversa. A tentativa de agradar um novo segmento de eleitores
pode ser vista como uma traição a seus princípios e compromissos anteriores, enfraquecendo
sua base de apoio.
Resta saber se a
estratégia de Jéssica será eficaz em conquistar o eleitorado evangélico ou se
acabará por afastar ainda mais aqueles que já desconfiavam de suas intenções. O
tempo e a reação dos eleitores dirão se essa aposta ousada trará os resultados
esperados ou se se tornará um exemplo de como a política pode ser um terreno
perigoso para mudanças bruscas de comportamento.
Vídeo:
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