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Professor de capoeira é suspeito de crime sexual contra menor de 13 anos.

A mãe de uma adolescente de 13 anos denunciou o professor de capoeira em Rio Branco,  por supostamente ter abusado sexualmente da filha de apenas 13 anos.

A denúncia ocorreu no mês de novembro de 2022, e o professor ainda permanece em liberdade mesmo diante das provas. Atualmente o processo corre em segredo de Justiça.

Além disso, com base nas informações da mãe da adolescente, ele também pode ter abusado sexualmente da menina na própria casa em que ela morava.

“E a gente era amigo ao ponto dele chegar a dormir na minha casa. A minha filha chegou a dormir acho que mais de uma vez na casa dele, porque ele tem uma filha da mesma idade da minha filha. Ele era como um irmão pra mim, então foi muito decepcionante,” comentou ela.

Ela descobriu as mensagens incriminatórias ao verificar o celular da filha. Desde então denunciou e aguarda alguma resolução. Além disso, ao que parece, esse caso chega a ter mais desdobramentos, pois segundo a mãe, outros professores da mesma instituição assediaram outras meninas da escola. Ela relata que um dos professores tocou nos seios de uma das garotas ao ajudá-la a experimentar uma blusa.

“Eram vários que faziam esse tipo de coisa! Vários professores que assediavam menores. Ela fez uma gravação  que outras meninas relatam que ele pegou no peito delas quando foi experimentar a blusa”, afirma a mãe.

Além disso, a mãe corrobora que outras investidas dos professores aconteciam naturalmente durante o dia-a-dia das meninas, como um outro professor que utilizou o pretexto de abraçar para tocar nos seios das adolescentes. Outro mandou figuras pornográficas e um até mesmo mandou a foto do órgão genital. É importante enfatizar que as garotas eram todas menores de idade, com uma faixa etária por volta dos 12 a 13 anos.

Outra aluna de 20 anos, que por questões de segurança não quis se identificar, afirma que aos 12 anos de idade, o professor começou a assediá-la pelo Facebook. Posteriormente eles se encontraram e o abuso aconteceu, assim como aconteceu várias outras vezes. Ela não entendia o que acontecia na época e só percebeu a gravidade da situação tempo depois, além disso, via que ele também se encontrava com outras meninas que eram alunas.

“A investida dele começou através do Facebook, mas o fato mesmo ocorreu quando eu tinha 12 anos de idade, que foi quando começou as relações sexuais. Ao mesmo tempo em que ele fazia isso comigo, ele fazia com outras meninas que também eram alunas dele. O tempo foi passando e eu fui entendendo e conseguindo enxergar cada vez mais esse tipo de prática que ele fazia com as meninas,” comentou a outra vítima.

Já o professor, em sua versão, questiona a imprensa sobre sua credibilidade, mas explicitamente não falou nada sobre as acusações, ele apenas pediu para que haja uma apuração mais profunda nas informações, pois, por morar em uma região dominada por organizações criminosas, teme que sua imagem associada a essa acusação possa o colocar em risco.

“Tu acha mesmo que eu estaria envolvido numa situação dessa?  Eu acho que você tem que dar uma freada no pé, e pesquisar mais algumas coisas, porque é o seguinte, eu moro em uma comunidade dominada pela facção, e você sabe que em facção, ninguém apoia isso,” diz o suspeito.

Por causa da denúncia,  o professor capoeira foi expulso do grupo de capoeira, mas antes disso, continuou com as aulas normalmente por meses, até que a direção do grupo  solicitou seu afastamento. Além disso, por se tratar de um grupo conhecido mundialmente, eles preferiram não informar o motivo do afastamento para não atrair os holofotes.

Uma professora do Rio de Janeiro que preferiu não se identificar, afirma que a decisão do afastamento do professor foi decidida pela maioria, mas não quis falar mais sobre o tema.

“A gente só está dizendo nesta carta que legalmente um grupo de capoeiristas, instituído e conhecido mundialmente, solicita que esse rapaz se retire do grupo por decisão da maioria dos seus cordas vermelhas e da totalidade dos seus fundadores, mais que isso, a gente não pode dizer,” enfatizou a professora.

Inicialmente era apenas uma denúncia contra o capoeirista, mas logo surgiram outras vítimas e esse inquérito foi ganhando cada vez mais força na Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Decav). Outros adolescentes apontaram que outros professores do grupo também cometeram abusos sexuais. Bastou uma conversa com essas adolescentes para que esses episódios viessem à tona.

O inquérito corre em segredo de Justiça e todos esses casos estão na mesa da delegada que investiga os casos. Com isso, outros professores denunciados do grupo também podem responder por crimes sexuais.




Matéria produzida em vídeo pelo repórter Adailson Oliveira para TV Gazeta

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